Pensei demais sobre o que seria legal como um primeiro post e a verdade é que vieram tantas coisas e acabei não optando por nenhuma. Vou preferir um estilo freestyle, você que me aguentem!!!
O deserto tem essa sensação de imensidão, do inexplorável, do seco e ao mesmo tempo úmido. Do calor e do frio, da solitude e da companhia, enfim dos opostos.
Sempre que penso no deserto me vem a jornada do louco do tarot. E penso no caminho ora meio monocromático, ora colorido, simbolizando as nuances da nossa vida cíclica. As bagagens que carregamos e das vestes que despimos pra aguentar a caminhada.
As miragens me lembram dos sonhos e das mudanças que queremos. Sobre olhar a paisagem sob uma perspectiva diferente. E caramba, isso traz tantos insights pra vida!
O deserto permeia meus sonhos a tanto tempo que seria dificil trazer aqui uma data exata. E como escrito acima, ele sempre está diferente. O céu está diferente, as areias, a paisagem, eu também estou sempre diferente.
Falar deste deserto como primeiro texto me soa oportuno já que ele me atravessa a tanto tempo, nos sonhos, nas meditações e nas minhas conexões. Acredito que de alguma forma ele atravessa a todos nós.
Caminhar por ele é descobrir paisagens remotas que vão se desvelando de acordo com os ventos. Algumas são cobertas pelas areias do tempo, outras começaram a surgir. Vemos coisas já vimos anteriormente com outros olhares, descobrimos outras.
Em sua grande porcentagem, essa caminhada é solitária e precisamos a todo momento rever nossa bagagem, nossas roupas e, até mesmo nossa bússola. A descoberta é interna e as concessões são inúmeras. Não é fácil andar e acabamos ativando o modo 8 de copas, findando o que tá pesado, mas que não abrimos mão. Na verdade uma maçã e um copo d'água são as únicas necessidades que temos (porém é difícil entender isso)

Assim é a nossa vida em sua ciclicidade, os ventos levam e trazem paisagens diferentes, por vezes nuances distintas. E devemos aproveitar esse processo e conhecer cada cantinho dessa caminhada. Se permitam mudar, mudar o deserto que caminham, deixar o vento nortear seus passos, descobrindo o passado, presente e futuro entrelaçados nas areias.
Convido então a sentarem de maneira bem confortável, fechar os olhos e visualizar o deserto de vocês. O que veem? O que sentem? Explorem essas sensações.
Entender a ciclicidade da vida é entender que nada está estático. O deserto muda, você também muda, talvez ainda não tenha se dado conta.
Quando fizer, me conta?
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